Quais são os riscos de usar software pirata e a fabricante descobrir?

Uma prática ainda comum em nosso país é a utilização de software pirata, seja em computadores pessoais ou até mesmo em empresas. Essa atividade traz uma série de riscos aos usuários, além de prejuízos para as empresas desenvolvedoras.

 

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Com os fornecedores e com o governo fechando cada vez mais o cerca em torno da distribuição e utilização de cópias piratas, é preciso evitar a sua instalação o máximo possível.

 

Para mostrar para você quais são os verdadeiros riscos de se utilizar um software pirateado e as consequências que esse uso pode trazer para você e sua empresa, criamos este pequeno post. Boa leitura!

 

O que mudou na fiscalização?

Há pouco tempo, a maioria das empresas de software não buscava realizar uma fiscalização intensa sobre o uso de seus produtos e era muito comum que as pessoas mantivessem softwares piratas instalados.

 

Contudo, essa realidade já ficou para trás: hoje, a Microsoft e outros fabricantes estão investindo em maneiras de rastrear e punir aqueles que se utilizam de suas soluções sem a devida licença.

 

Nesse contexto, é possível observar um aumento nos casos de instituições penalizadas pela utilização de softwares piratas. Um bom exemplo é a faculdade que, em 2017, teve sua sede leiloada para o pagamento de dívidas junto à Microsoft pelo uso do sistema Windows sem licença.

 

Sendo assim, um número cada vez maior de pessoas e empresas estão deixando de utilizar esse tipo de subterfúgio para minimizar as despesas com TI, uma vez que, como diz o bordão popular, o barato pode sair muito caro!

 

Quais são os principais riscos?

Existem uma série de riscos aos quais um negócio está exposto ao fazer uso de cópias pirateadas dos mais diversos tipos de softwares. Reunimos alguns dos principais pontos que desabonam essa prática. Confira!

 

Pagamento de indenizações

O risco de a empresa ser submetida a um processo movido pelo desenvolvedor do software é real e, portanto, não deve ser negligenciado. Isso pode acarretar o pagamento de multas que, em alguns casos, pode inviabilizar o prosseguimento dos negócios.

 

No caso citado, o valor final acordado no processo envolvendo a Microsoft e a faculdade, localizada no Rio de Janeiro, ficou em aproximadamente R$4,3 milhões de reais, soma que poderia levar muitas empresas à falência. Em suma, uma alternativa que visava reduzir custos levou a um gasto muito maior.

 

Problemas com a justiça

Além do processo que pode ser movido pelo fabricante contra a sua empresa, existe mais um aspecto legal a ser tratado junto à justiça, qual seja, o fato de que a utilização de softwares piratas é crime tipificado em lei.

 

De fato, realizar a implantação de cópias pirateadas fere os direitos autorais do fabricante do sistema, atitude enquadrada pela Lei 9.609/98 que protege a propriedade intelectual de programas computacionais.

 

Entre as sanções previstas, destacam-se o pagamento de multas e penas de 6 meses a 4 anos de prisão.

 

Segurança defasada

Os softwares pirateados são cópias modificadas dos sistemas proprietários visando impedir que eles realizem atualizações e demais rotinas que possam avisar ao fabricante que aquela se trata de uma cópia ilegal.

 

Com isso, o primeiro ponto afetado, por conta da falta de atualizações, é a segurança. Após o lançamento de um determinado software, diversas questões de proteção podem ser revistas e enviadas aos usuários por meio de atualizações.

 

Como as cópias piratas não são atualizadas, todos os itens de segurança que são inseridos nas novas versões não são repassados a esses sistemas que, defasados, correm o risco de sofrerem diversas situações extremamente prejudiciais ao próprio usuário, como a contaminação por vírus.

 

Vulnerabilidade ao ataque de cibercriminosos

Outro grande problema da utilização de cópias piratas se relaciona às suas vulnerabilidades. Assim como a adição de novas funcionalidades de segurança, as atualizações realizadas pelos fabricantes em suas aplicações têm como objetivo eliminar instabilidades após o lançamento do sistema.

 

Essas brechas são utilizadas como porta de entrada para a ação de cibercriminosos que realizam o roubo ou o sequestro de dados, além da destruição de informações relevantes e cruciais para o funcionamento da organização.

 

A empresa que se utiliza apenas de cópias pirateadas, a fim de evitar que o fabricante descubra a respeito da existência de tais softwares, fica sem acesso às correções desenvolvidas pelos especialistas. Portanto, deixam o caminho livre para a ação de hackers e pessoas mal-intencionadas.

 

Baixo desempenho

O baixo desempenho é outro fator constante em cópias piratas: sem a atualização regular do sistema, o usuário não terá acesso às novas funcionalidades disponibilizadas pelo fabricante e, também, às melhorias desenvolvidas para agilizar ainda mais os processos.

 

Para que a cópia pirata não atualize ou faça uma comunicação com os servidores do fabricante, denunciando sua existência, é preciso realizar uma modificação no código-fonte dessa aplicação. Isso nem sempre é realizado por profissionais e, não raro, são o resultado do péssimo trabalho de pessoas sem nenhum tipo de preparação.

 

Dessa forma, as mudanças realizadas podem impactar diretamente o desempenho do software, deixando-o mais lento ou fazendo, até mesmo, que ele apresente algum tipo de erro durante sua utilização.

 

Instabilidade a longo prazo

Boa parte dos programas empresariais são complexos e demandam muito conhecimento técnico para o seu correto desenvolvimento. Nesse contexto, novas regras podem surgir e ser incorporadas para que o sistema se mantenha estável.

 

Com a falta de atualizações, o usuário de uma cópia pirateada não terá acesso a essas novas funções e, com o tempo e o volume de dados em circulação, o software pode entrar em colapso e se tornar instável, acusando o surgimento de erros e a perda de dados de alta relevância.

 

Como evitar maiores problemas?

Por todo o exposto, é altamente recomendável evitar softwares piratas em sua empresa. Todavia, essa decisão pode fugir um pouco do controle da gestão de TI e alguns sistemas podem ser instalados por conta própria pelos colaboradores.

 

Portanto, é preciso fazer um controle assíduo de todas as aplicações atualmente em uso no seu negócio, desinstalando programas piratas, adquirindo licenças comerciais ou encontrando um substituto livre de custos.

 

Com essas ações, é possível minimizar os riscos que a implantação e a utilização de um software pirata trazem para a sua empresa, bem como evitar suas consequências negativas.

 

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